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Cinema Marginal

O Cinema Marginal foi uma corrente artística que se desenvolveu entre 1968 e 1973 com o intuito de contestar os costumes e a linguagem cinematográfica, não o processo político e social em que o Brasil se encontrava.

Fortemente influenciado pelo tropicalismo, rompiam com o intelectualismo do Cinema Novo apresentando obras que se comunicavam mais diretamente com o público por meio do apelo, se apropriando do grotesco e do erotismo em suas obras, abrindo mão da ética. Por conta disso, sofreu dura censura da ditadura militar por conta do alto teor sexual e violento de suas obras.

Ainda assim, existiram diretores que consagraram suas obras na história do cinema nacional, com destaque para Rogério Sganzerla, diretor de “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), e Júlio Bressane, que dirigiu “Matou a Família e Foi ao Cinema” (1969) e “O Anjo Nasceu” (1969). Há também quem considere José Mojica Marins, assumindo a persona de “Zé do Caixão”, como incentivador desse movimento, por conta do estilo que adotava em seus filmes, a estética do grotesco com uma linguagem simples, em obras como “Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver” (1967) e “Despertar da Besta” (1970).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 

BERNARDET, Jean-Claude. Portal Brasileiro de Cinema. Disponível em: <http://www.portalbrasileirodecinema.com.br/marginal/ensaios/03_01.php> Acesso em: 15 de Dezembro de 2022. 

MACAUE, Marcelo. O cinema da “Boca do Lixo”. Disponível em: <https://portaldocurta.wordpress.com/2012/04/24/o-cinema-da-boca-do-lixo/> Acesso em: 15 de Dezembro de 2022.