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Esquadrões da Morte às Milícias

Nascido na década de 1960, o Esquadrão da Morte é por definição uma organização paramilitar de policiais envolvidos com a criminalidade, os quais agem a mando de grupos políticos ou líderes sociais. A princípio restrito ao estado da Guanabara, o “Scuderie Le Cocq” liderado pelo jornalista David Nasser – um forte apoiador da Ditadura Militar – acabou por ultrapassar as fronteiras do estado e expandir-se a São Paulo, por exemplo. 

O grupo propagava as mais terríveis formas de violência contra pessoas diversas. Contavam, ainda, com o apoio e estímulo do próprio regime, que, por sua vez, foi responsável por viabilizar os atos e afirmar extraoficialmente o poder do grupo de extermínio. Há suspeitas de que foram mortos inúmeros de detentos do presídio Tiradentes nas mãos dos Esquadrões da Morte.

Assim, atualmente, foram criadas as Milícias a modelo dos Esquadrões da Morte. Desde a Ditadura Militar, os governos posteriores reafirmaram a desigualdade social e a ausência do direito básico à segurança, o que auxilia, por sua vez, na perpetuação e atuação de poderes como a milícia. Segundo o sociólogo José Cláudio Alves, os grupos dominantes se valem dessa estrutura sanguinária para se perpetuar, eliminar seus inimigos e silenciar qualquer reação. Assim, submetem grandes conjuntos da população ao medo e ao silêncio.

Referências Bibliográficas:

As duas mortes que deram início ao grupo de extermínio Scuderie Le Cocq, no Rio. Disponível em: <https://blogs.oglobo.globo.com/blog-do-acervo/post/os-dois-assassinatos-que-deram-inicio-ao-grupo-de-exterminio-scuderie-le-cocq-ha-55-anos.html>. 

O comandante do Esquadrão da Morte a partir de 1968: Sérgio Fernando Paranhos Fleury, delegado do Dops 

GEARINI, V. Delegado Fleury: obra revela detalhes da vida do líder do Esquadrão da Morte. Disponível em: <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/vitrine/delegado-fleury-obra-revela-detalhes-da-vida-do-lider-do-esquadrao-da-morte.phtml>. Acesso em: 16 dez. 2022.