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Operação Bandeirante

A Operação Bandeirante, predecessora do sistema DOI-CODI, foi uma organização criada em junho de 1969, que tinha o objetivo de identificar, localizar e reprimir grupos subversivos reacionários ao regime, armados ou não. Regida pelo governo militar, a OBAN se tornou conhecida por sua agressividade e violação dos direitos fundamentais. Diante da perseguição dos subversivos, os indivíduos capturados muitas vezes eram submetidos a torturas e até mesmo a execução.

A inauguração da OBAN foi feita em São Paulo, de forma não oficializada, pelo general José Canavarro Pereira, em uma cerimônia que contou com a presença do governador da época e dos comandantes locais da Marinha e da Aeronáutica.  Seus principais núcleos de atuação se localizavam nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, com a sede da operação localizada no bairro do Paraíso, na 36ª DP.

Também é possível notar a participação de membros corruptos das polícias paulistas, principalmente a Civil, que tinham ligações ao crime com grupos de captura e assassinato. Um personagem conhecido por sua cruel atuação é o Delegado Fleury, responsável por convencer alguns militares da eficácia da tortura como meio de conseguir informação. 

Pequeno vislumbre das instalações da Operação Bandeirantes, localizado no bairro do Paraíso, em São Paulo; imagem retirada de “Memorial da Democracia”.

Antro de torturas e assassinatos: o que foi a operação bandeirantes. In: Uol: AH Aventuras na História. 2021. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/antro-de-torturas-e-assassinatos-o-que-foi-operacao-bandeirantes.phtml