Os ditadores do Chile, Augusto Pinochet, e da Argentina, Jorge Videla. (Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/29/politica/1553895462_193096.html>. Acesso em 08 dez. 2020.)
Cartum de Latuff representando a Operação Condor. (Disponível em: <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/documentos-da-cia-mostram-que-o-brasil-tentou-comandar-operacao-condor-nos-anos-de-chumbo.phtml>. Acesso em 08 dez. 2020.)
João Figueiredo (BRA) em visita a Jorge Videla (ARG). (Disponível em: <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/documentos-da-cia-mostram-que-o-brasil-tentou-comandar-operacao-condor-nos-anos-de-chumbo.phtml>. Acesso em 08 dez. 2020.)
Familiares com fotos de militantes e parentes durante o julgamento da Operação Condor. Foto: João Pina. (Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/operacao-condor/>. Acesso em 08 dez. 2020.)
A Operação Condor foi uma aliança secreta entre os governos militares de Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai, Chile e Uruguai para a realização de atividades coordenadas, de forma clandestina, com o objetivo de vigiar, sequestrar, torturar, assassinar e fazer desaparecer militantes de oposição, formalizada numa reunião em Santiago do Chile no final de 1975. Seu nome remonta a uma ave típica dos Andes e símbolo da astúcia na caça às suas presas, presente no brasão oficial do Chile. Um dos acordos era o de livre trânsito dos militares, que podiam atravessar as fronteiras sem mandado judicial.
Além disso, a operação contava com apoio e suporte dos EUA, que, embora não tivessem participação direta nas ações, sabiam que elas existiam e forneceram, através da CIA, um sistema de comunicação utilizado entre todos os países, chamado “condortel”. A organização só foi descoberta a partir da liberação de documentos da CIA durante o Governo Clinton estadunidense (1993-2001).
A Operação Condor terminou no início dos anos 80 com o enfraquecimento das ditaduras latinas. A Argentina foi o primeiro país a fazer condenações formais: um julgamento com 105 vítimas e 18 réus teve início em 1999, durando mais de uma década. Em 2016, um tribunal federal argentino condenou por “associação ilícita no âmbito da Operação Condor” alguns dos principais acusados a penas entre 12 e 25 anos.