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Programa de Integração Nacional

O programa de integração nacional (PIN) é desenvolvido em 1970 através do decreto N1106 dentro do contexto do governo Medici sendo alicerce da propaganda ufanista realizada pelo regime militar. o “Brasil Grande”, “integrar para não entregar” e “Terras sem homens para homens sem terras” sao alguns lemas lançados pelo PIN dentro da propaganda cada vez mais ufanisat e nacionalista. Foi um herdeiro de projetos já realizados principalmente no Governo Vargas que defendiam os investimentos em grandes projetos rodoviários e ferroviários pelo brasil no intuito justamente de integrar o território como um “corpo humano” sendo o coração já sendo representado pela futura capital Brasília.

As intenções do governo militar em promover o PIN em 1970 se dão principalmente no âmbito econômico, inserido no contexto desenvolvimentista estatal, elaborado pelos militares e seus ministros concretizado no primeiro plano de desenvolvimento (PND 1) que, por sua vez, se apoiava ideologicamente no projeto nacional ufanista cultivado pela ditadura ainda mais posteriormente a assinatura do AI-5. O PIN determinava a realização de um grande modal rodoviário que orinivesse a integração da amazônia com o modal de eixo sudeste-nordeste, além da criação de zonas de assentamento para colonos as margens das rodovias atendendo a demandas de reforma agrária e zonas rurais/industriais calçadas fundamentalmente em grandes benefícios fiscais em toda a área da amazônia legal.

Os anos seguintes do PIN se caracterizam por uma vasta e extensa propaganda por parte tanto do governo quanto da iniciativa privada para promover a ocupação do vasto território da Amazônia legal. É exatamente nesses primeiros anos de plano que há extenso e contínuo aumento do desmatamento da floresta como de conflitos violentos e criminosos com muitas comunidades indígenas, as quais ainda não possuíam a garantia de demarcação de terras provenientes da legislação atual. A comissão da verdade estimou um número de 8350 mortes nesse período de aumento do fluxo migratório para a Amazônia legal.

Já nos anos posteriores, muito pouco das ambiciosas rodovias foram de fato implementadas, até os dias de hoje muitas se encontram inacabadas, não pavimentadas e/ou inutilizadas, já as zonas industriais só se estabeleceram em pequenos polo, omo manaus pelos enormes benefícios fiscais estabelecidos, e os assentamentos dispersos pelas margens das rodovias não foram sustentáveis pelas dificuldades impostas ao terreno sem eletricidade e disponibilidade de água potável não realizando a ideal inicial de urbanizar a amazônia no modal rodoviário. O único legado que o PNI de fato estabeleceu foi o avanço do ruralismo dentro da Amazônia às duras custas para o patrimônio natural, provendo conflitos que duram até hoje entre comunidades indígenas e ruralistas.

O intuito do PIN era o de auxiliar a ocupação de colonos nordestinos, deslocados para a a Amazônica em decorrência da seca.