A Operação Brother Sam previa a chegada de toda a força militar da Frota do Caribe, em 11 de abril de 1964, para dar apoio em caso de resistência ao golpe civil-militar, que acabou sendo antecipado. A frota partiu em 31 de março, seguindo instruções do embaixador estadunidense no Brasil, Lincoln Gordon, chegando a ficar entre 50 e 12 milhas náuticas ao sul do Espírito Santo. Antes, uma campanha de desestabilização contra o presidente Jango foi patrocinada por organizações brasileiras e estadunidenses (como o USIS – serviço de informações dos EUA).
Houve investimentos em imprensa, exibição de filmes, impressão de livros e centros culturais a fim de consolidar a ideologia estrangeira. Essa interferência havia sido denunciada, em 1963, por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigou a atuação do Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad), que vinha patrocinando material de propaganda anticomunista, além de ter financiado, em 1962, as campanhas eleitorais de políticos alinhados aos EUA.
Tanto o Ibad quanto o Instituto de Pesquisas Sociais (Ipes) tinham conexões com a CIA. A Operação Brother Sam foi considerada desnecessária depois que João Goulart se exilou em 2 de abril, e a esquerda se viu incapacitada de articular uma reação ao golpe de estado.